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Esta segunda e terça-feira, dias 17 e 18 de fevereiro, das trabalhadoras – monitoras de ATL, CAF e AAAF – da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Veiga Ferreira, em Famões, estiveram em greve, que terá a sua continuação a 03 de março.
O comunicado, emitido por essas trabalhadoras, lembra desde o primeiro trimestre de 2024 que estão em luta pela melhoria das condições de trabalho. Referem que «Algumas colegas têm 10, 15 e mais de 20 anos de trabalho nesta associação, como monitoras de ATL/AAAF/CAF (tendo inclusive recebido medalhas de honra da junta de freguesia por bons serviços prestados às crianças da freguesia), não recebendo nem mais um cêntimo por isso».
Até agora, junto com o S.TO.P., conseguiram «O ressarcimento por anos de formação não obtida, deixaram de efetuar, de forma gratuita, as limpezas e manutenção da escola que, durante décadas, quando eram responsabilidade da escola – contabilizam milhares de horas de trabalho prestadas sem qualquer remuneração e, no último mês, passaram a receber um pequeno subsídio pelo período inativo alargado entre os dois turnos que têm de realizar».
No entanto, diz o comunicado, raramente viram os seus vencimentos atualizados ou aumentados ao longo dos anos, encontrando-se, agora, com os mesmos colados ao salário mínimo nacional, isto é, na prática, recebem proporcionalmente menos que em anos anteriores. «Apesar de propostas apresentadas para atualização e valorização dos seus vencimentos, estas nunca foram objeto de uma verdadeira e honesta consideração por parte da direção».
Face às contínuas faltas de consideração e ao arrastar desta situação, as trabalhadoras decidiram, por unanimidade, recorrer à greve para reivindicar aumentos salariais, do valor do subsídio de refeição, assim como um mecanismo de valorização salarial por antiguidade.
Fotografia: STOP