No dia 29 de junho, o Pavilhão Polivalente de Odivelas recebeu a tertúlia da Concelhia de Odivelas do CHEGA, aberta ao público, e que contou com a participação de cerca de três dezenas de pessoas. A tertúlia teve dois temas: “Nos bastidores da Autarquia” que teve como orador o Deputado Municipal Fernando Pedroso e “Da Fundação à Europa… Chegados aqui e agora?” sendo o orador o Deputado Parlamentar Bruno Nunes.
Fernando Pedroso elencou a representação do CHEGA nos órgãos autárquicos de Odivelas: 1 Vereador no executivo Municipal; 3 Deputados Municipais; 2 eleitos na Assembleia de Freguesia de Odivelas; 2 eleitos na Assembleia da União de Freguesias da Ramada e Caneças; 2 eleitos na Assembleia da União de Freguesias da Pontinha e Famões e 1 eleito na Assembleia da União de Freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, referindo que o objetivo do partido para as próximas eleições autárquicas é a eleição de três Vereadores e sete Deputados Municipais.
O orador acusou o município de falta de visão estratégica e criticou o facto de a gestão do Mosteiro de Odivelas ter passado para a gestão municipal, defendo que como Monumento Nacional devia ser gerido pelo estado. Apresentou os números do arrendamento mensal e quanto a CMO pagará até ao fim da concessão, duvidou que haja dinheiro para acabar a Linha Violeta, criticou a duração das obras de requalificação do Mosteiro de Odivelas, que sublinhou estar na posse da autarquia desde 2019, considerou que o parque da Cidade não passou de promessa eleitoral nas últimas autárquicas e profetizou que será nova promessa nas autárquicas que serão realizadas em setembro ou outubro de 2025, dizendo que possivelmente ainda será uma Presidência do CHEGA na CMO a construir o parque.
Gostaríamos de incluir mais pormenores desta intervenção de Fernando Pedroso, mas esta peça foi feita apenas com as nossas notas uma vez que o Deputado Municipal impôs condições, que o jornal não podia aceitar, para nos enviar a intervenção escrita.
O Deputado Parlamentar Bruno Nunes criticou a criação do Concelho de Odivelas, classificando como bairrismo bacoco as razões que levaram à luta pelo seu nascimento, bem como a ânsia dos cargos e o sustento dos grandes partidos.
Considerou que há erros de gestão e falta de visão nos dois municípios, Odivelas e Loures, que levam a que estes territórios continuem a ser áreas suburbanas.
Referindo-se ao seu partido disse que tem de acabar a ideologia do seu crescimento presa à contestação e que é preciso que o partido aponte soluções. Considerou que o CHEGA já não é um partido de protesto e que precisa de discutir os problemas do país e as suas soluções. O Chega é um partido liberal na economia e conservador nos costumes, disse.
Referiu ainda que a vantagem do CHEGA é ter como líder o melhor parlamentar nos últimos 20 anos.
Bruno Nunes considerou que o seu partido esta na faze de ponderar para onde quer ir e que o liberalismo falha sempre porque não tem a componente conservadora.
O CHEGA quer incentivar a criação da família, afirmou, considerando que a sustentabilidade da família não se faz com imigrantes e que ser liberal não é ser libertário sendo necessário cumprir as regras da sociedade. Para o orador a educação é na família e não na escola. A escola deve ensinar e não, e é por isso que o Ministério da Educação se deveria chamar Ministério do Ensino.
Quanto à habitação considerou errada a política do município, defendendo que as casas municipais devem ser transitórias e que quando a vida dessas pessoas normalizar devem dar o lugar a outra família que precise.
Para Bruno Nunes o Estado não deve ter a gestão dos hospitais e que a descentralizações de competências para as autarquias deve ser acompanhada das verbas necessárias para satisfazer os novos encargos. Criticou também o facto de as autarquias pagarem IVA, dando como exemplo o concelho de Loures que paga 800 mil euros em IVA que poderiam ser aplicados na melhoria da vida das populações.