Para assinalar os 700 anos da morte de D. Dinis, o Senado de Odivelas/Senado D. Dinis, realizou no dia 12 de janeiro o seu evento anual onde, para além da deposição de uma coroa de flores no túmulo do monarca, que se encontra sepultado no Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo, em Odivelas, foram entregues prémios que distinguem odivelenses em várias áreas de atuação em prol da comunidade.

 O evento contou a participação das três corporações de Bombeiros Voluntários de Odivelas, do Agrupamento 1177, de Famões, do Corpo Nacional de Escutas, e dos Jograis da Associação Portuguesa de Poetas.

Entre as dezenas de Odivelenses que presenciaram a cerimónia estiveram o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Edgar Valles; o representante do. Presidente da Assembleia Municipal de Odivelas, 2º Secretário da Mesa, António Boa-Nova; os Comandantes dos Bombeiros Voluntários de Odivelas e de Caneças, Nelson Viana e Carlos Carolina; a Diretora Adjunta do Agrupamento de Escolas Adelaide Cabete, Carla Silveira; Assistente Social do Agrupamento de Escolas Adelaide Cabete.  Vidal Pires; Senador Honorário e Presidente do Conselho de Administração da Vazconstrói, Augusto Vaz e representantes da Comissão de Utentes da Saúde da Pontinha.

A cerimónia iniciou-se com uma formatura composta por Bombeiros das três corporações do concelho, seguindo-se uma intervenção do Vice-Presidente da Associação Senado D. Dinis, Álvaro Marçal.

O orador considerou que D. Dinis, conhecido como o “Rei Lavrador” e o “Rei-Trovador”, foi um dos monarcas mais influentes e notáveis da história de Portugal e lembrou alguns factos históricos relacionados com o monarca sepultado no Morteiro de Odivelas.

Nascido em 9 de outubro de 1261, reinou de 1279 até à sua morte, em 1325. Durante o seu reinado, D. Dinis deixou um legado duradouro em várias áreas, desde a cultura até a agricultura.

1. Dinis foi um grande promotor da cultura e das artes. Ele próprio era um trovador talentoso e escreveu várias cantigas de amigo, de amor e de sátira.

A sua paixão pelas letras ajudou a fomentar um ambiente cultural vibrante em Portugal.

Em 1290, fundou a Universidade de Lisboa, que mais tarde foi transferida para Coimbra. Esta instituição, é uma das mais antigas universidades da Europa e continua a ser um centro de excelência acadêmica.

Um dos feitos mais significativos do Rei D, Dinis foi a promoção da língua portuguesa, decretando que o português fosse a língua oficial dos documentos do reino, fortalecendo assim a identidade nacional e cultural de Portugal.

Em 1297, Dom Dinis assinou o Tratado de Alcanizes com o Reino de Castela. Este tratado definiu as fronteiras de Portugal, que são as mais antigas da Europa e ajudou a estabilizar as relações entre os dois reinos.

D. Dinis incentivou o desenvolvimento da agricultura e a plantação de pinhais, especialmente o famoso Pinhal de Leiria. Esta iniciativa visava proteger as terras costeiras da erosão e promover a sustentabilidade agrícola.

Este nosso memorável Rei cuja vida e obra hoje celebramos, foi também responsável pela fundação da Marinha Portuguesa, fortalecendo a defesa e o comércio marítimo do país. Esta medida foi crucial para o desenvolvimento econômico e a segurança de Portugal.

Estamos claramente perante um Rei icônico, alguém que no seu tempo, com uma visão vanguardista do desenvolvimento, quanto ao pensamento e à sua ação, estava claramente do lado certo da história.

Hoje e aqui, somos todos testemunhas deste nobre, merecido e devido tributo ao nosso Reverendíssimo Rei D. Dinis.

Para Álvaro Marçal a melhor e mais nobre homenagem que O Senado de Odivelas pode fazer «É o respeito pela sua obra, pelo seu percurso e pelo seu legado pelo qual, estaremos eternamente gratos.

Honrar a nossa história no que ao nosso Altíssimo Rei Dom Dinis compete, é reconhecer os nossos avanços num progresso que não tem dimensão paralela. É enaltecer todos quantos, de uma forma direta ou indireta, contribuíram para a qualidade de vida que temos hoje, para a concretização dos nossos projetos e para a confiança nos nossos sonhos.

Odivelas, enquanto comunidade e cada um de nós, presta, com tudo o que está subjacente à nossa presença o culto devido e merecido a Sua Majestade El Rei D. Dinis e a todos quantos, a partir dele, contribuíram para a consolidação dos seus sonhos, do seu talento e das suas obras.

Odivelas é, por tudo o que aqui nos rodeia um exemplo maior desta realidade e por este motivo, ao celebramos a vida e a obra de Sua Majestade El Rei Dom Dinis, celebramos, em simultâneo, o melhor que temos e fazemos para melhorar a vida de todos.    

 Hoje e aqui, queremos, mais uma vez, assinalar e reforçar a importância do período que medeia a sua vida de 1261 a 1325, dos seus 46 anos de reinado, do seu exemplo de jovem que, com apenas 17 anos de idade, assumiu os destinos da nossa pátria contribuindo, com a sua coragem, determinação e fé para um desenvolvimento ímpar.

O nosso exemplo, consubstanciado nas nossas obras, em prol de Odivelas e de todos quantos aqui vivem, trabalham e nos visitam é, sem dúvida a melhor homenagem que podemos fazer ao seu legado.

 A nossa Associação Senado D. Dinis, tem Sua Majestade El Rei D. Dinis como referência nos seus valores e princípios, na sua ação e na sua justiça onde fundamenta e baseia o seu propósito».

O orador lembrou que a Associação Senado Dom Dinis, foi criada por escritura pública, no Cartório de Odivelas, no dia 5 de janeiro do ano de 2018, e nesse mesmo dia, foi apresentada à comunidade odivelense numa cerimónia realizada na Capela da Biblioteca Municipal e que «Os fundadores da associação Senado D. Dinis, tomaram esta iniciativa, bem cientes do significado que a personalidade que lhe dá o nome tem para o nosso Pais e, de forma particular para o Conselho de Odivelas.

Tomando o exemplo cívico, social e humanista do nosso Rei Dom Dinis, os promotores desta Associação prosseguem os pergaminhos do nosso Rei, na promoção e reforço da participação cívica de todos, na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida no concelho, através de atividades cívicas, lúdicas, culturais, desportivas ou de natureza social, que tenham por objetivo o bem-estar da população», dando como exemplos as propostas apresentadas à Câmara Municipal de Odivelas para a melhoria da qualidade de vida dos bombeiros das nossas três corporações, bem como as propostas para a criação da Divisão Policial de Odivelas e para a melhoria da linha Amarela do Metro. «O bom acolhimento destas iniciativas por parte de todos e o desenvolvimento das mesmas na melhoria da vida das pessoas, é um exemplo do respeito e do reconhecimento da qualidade da intervenção desta Associação».

Álvaro Marçal deixou um pedido do Senado de Odivelas a Câmara Municipal para que no Convento de S. Dinis e S. Bernardo seja cedido um espaço à Associação Senado D. Dinis de Odivelas. «Estamos bem cientes que toda a comunidade odivelense apreciará esta iniciativa da nossa autarquia porque é aqui que merecemos estar».

Na Igreja do Mosteiro foi feita a deposição da Coroa de Flores no Túmulo de D. Dinis, pelo Agrupamento 1177, de Famões, do Corpo Nacional de Escutas e a leitura de um poema de Aline Mamede, da Associação Portuguesa de Poetas, feita pela sua autora.

El- Rei D. Dinis

D. Dinis, o Rei e grande senhor

Não só a agricultura fomentou,

A comunidade rural fundou

Por isso se chamou, “O Lavrador”

 

Reconheceu Poetas e Trovadores

Protegia os então Escritores,

Instituiu a língua Portuguesa

Língua oficial, da Corte e Realeza.

 

Amante da Poesia e Trovador

Seu espólio é rico e muito antigo,

Fez 73 Cantigas de Amor

51 Cantigas de Amigo.

 

Garanto que ainda existem mais,

10 Poemas de escárnio e maldizer,

Músicas são 7, os originais

Descobertas pelo prof. Sharrer.

 

Primeiro Monarca alfabetizado

E diz-se com uma certa vaidade,

Que foi construída no seu reinado

A nossa primeira Universidade.

 

Ao Papa Nicolau lll ele jurou

Que para proteger sua honra,

Um tratado conhecido assinou

Entre o Reino de Portugal e Roma

 

São muitos os seculos que lá vão

Deste Rei que foi grande Trovador,

Em Barcelona, por procuração

Casou com D. Isabel de Aragão… seu amor.

 

Hoje,

São tantas as estórias que o povo conta

Muitos os romances e escapadelas

DªIsabel é lembrada como Santa

D. Dinis jaz, no Mosteiro d´Odivelas.

Prémios Senado D. Dinis

Educação

Ano letivo de 2022/2023 – Ex-Aluna da Escola Secundária da Ramada – Marta Teixeira Machado

O Prémio Senado D. Dinis – Educação, é atribuído ao/à aluno/a do Concelho de Odivelas que melhor reúna os seguintes indicadores, apontados pela Direção do respetivo estabelecimento de ensino público: (A melhor nota interna na disciplina de História do 12º ano de escolaridade; A mais elevada média de classificação interna, de entre todas as outras disciplinas no mínimo de 3 disciplinas; O melhor desempenho cívico (que é medido por indicadores como a assiduidade, a pontualidade, o respeito e espírito solidário para com os colegas, funcionários, professores e a ausência de faltas disciplinares).

O estudante laureado/a é premiado com 1 Troféu alusivo ao Mérito, acrescido do valor de 500,00€ (quinhentos euros).

A concessão deste Prémio constitui um momento de destaque desta Associação, que aplaude o esforço académico da aluna e faz votos, para que tenha um futuro brilhante.

Diploma de Mérito Senado D. Dinis – Educação

Ano letivo de 2022/2023 – “Beatriz Filipa Alves Costa” (Agrupamento de Escolas de Caneças), Mádia 18 valores. Melhor aluno da Disciplina de História do Agrupamento.

Ano letivo de 2023/2024 – “Mariana Rebelo Pinto” (Escola Secundária de Odivelas) – Média de 20 valores.

Após a entrega destes prémios, Joaquim Sustelo leu o poema de sua autoria:

El- Rei D. Dinis

Quase cinquenta anos de reinado

sempre em progresso esta lusa nação.

Grande, do rei-poeta, o seu legado

a merecer a nossa admiração

 

Em documentos, os oficiais,

seria usada a língua portuguesa!

E teve ainda muitos, muitos mais,

atos que reputamos de grandeza

 

Criou a verdadeira identidade

desta nação que surge entre as primeiras,

por ter em Alcanizes assinado

tratado a definir nossas fronteiras

 

Estudos Gerais criou ele em Lisboa

isto é, universidade bem antiga!

Que além do ensinar, coisa que ecoa,

deixou-nos tanta obra traduzida!

 

Dom Dinis foi na realidade

dos importantes reis desta Nação,

que sei que recordá-lo, sempre há de

por tudo o que concerne a Educação.

Outro momento de poesia foi-nos proporcionado pelos Jograis da Associação da Associação Portuguesa de Poetas: Aline Mamede, Celeste Pereira; Felismina Mealha e Joaquim Marques, com poemas do Rei D. Dinis.

Prémio Senado D. Dinis – Cidadania 2024: “Diário de Odivelas”

«A Associação Senado D. Dinis, ciente do relevante papel deste órgão de comunicação social no concelho de Odivelas, pela sua resiliência e pela dedicação no papel de fazer chegar o máximo de informação local à população. Pelo esforço em divulgar as problemáticas que a população do concelho atualmente enfrenta e pela vontade de traduzir em realidade, as necessidades e a melhoria da qualidade de vida da população no concelho de Odivelas, demonstrando um elevado sentido cívico, altruísta e solidário atribuiu publicamente o Prémio Senado D. Dinis – Cidadania 2024, ao “Diário de Odivelas”.

A concessão deste Prémio, constitui um momento de destaque desta Associação, ao “Diário de Odivelas”, cuja ação em defesa da qualidade de vida da população do concelho em particular, deve ser considerada de relevante interesse e distinção por toda a comunidade.

Pela credibilidade e reconhecimento dos objetivos, pretende a Associação Senado D. Dinis – Odivelas, prestar uma pública homenagem, com sentido de gratidão a este órgão de informação local pelos valores que lhe estão subjacentes».

Joaquim Sustelo leu maus um poema seu: D. Dinis Cidadania

Da Europa as fronteiras mais antigas

obtidas p’lo tratado de Alcanizes.

Teve ainda com o filho algumas brigas

que sempre, em qualquer parte, ele há deslizes…

Momentos que nem sempre eram serenos,

nesse capítulo da cidadania…

há que atender a grandes e pequenos,

o que ia rematando com poesia

Fundou ele a Marinha Portuguesa

e fomentou bastante a agricultura;

Criou concelhos… feiras… na certeza

que dava a Portugal desenvoltura

Mas há sempre por trás uma Mulher

que agiganta num Homem seu papel!

Essa que nos apraz então dizer

numa obra que se viu tanto crescer,

foi sua, dita santa, a Isabel.

Prémio Senado D. Dinis – Carreira 2024 – Joaquim Sustelo

Destinado a consagrar cidadãos de Odivelas que, ao longo da sua vida ou do seu percurso profissional, deram um valioso contributo às Artes e Ciências.

Desde os seus 12 anos que escreve poesia. O poeta editou o seu primeiro livro de poesia intitulado “No silêncio do Tempo”.

Depois foi colecionando edições até atingir o impressionante número de 38 (trinta e oito) livros de poesia publicados, tendo ainda participado com outros poetas em mais de 60 Coletâneas.

Foi fundador do Grupo Horizontes da Poesia em 2007 e fez locução de rádio durante 13 anos.

A sua última publicação tem o título “NAS MARGENS DO TEMPO – Poesia 2024”.

A concessão deste Prémio, na cerimónia oficial de homenagem ao nosso Rei D. Dinis, constitui um momento de destaque desta Associação, para com um prestigiado cidadão do concelho de Odivelas e tem a pretensão de lhe dar motivação adicional para continuar a enriquecer a poesia que escreve.

Prémio Senado D. Dinis – Comunidade 2024 – Ilídio Ferreira”

Atribuído a cidadão exemplar e/ou instituições com muito trabalho na nossa comunidade, profundamente conhecedor(es) da vida de Odivelas.

Por todos reconhecido pela sua longa carreira na vida autárquica e cívica, em defesa dos interesses da população nos concelhos de Loures e posteriormente no concelho de Odivelas.

A concessão deste Prémio, constitui um momento de destaque desta Associação, para com um prestigiado cidadão do concelho de Odivelas, cuja ação em defesa da qualidade de vida da população do concelho, deve ser considerada de relevante interesse e distinção por toda a comunidade.

Nesta cerimónia foram ainda entregues dos colares aos novos senadores da Associação Senado de Odivelas: Joaquim Fraga (A título póstumo); Ricardo Serrano Vieira; Paulo Bernardo e Sousa; António José Paz Boa-Nova e Maria Fernanda Sanches.