Março Mês do Teatro | Quatro grupos do Concelho mostraram o seu valor

No primeiro fim de semana da iniciativa anual do município de Odivelas, “Março Mês do Teatro” quatro grupos do concelho mostraram o seu valor em cima dos palcos da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças, Casa da Cultura da Póvoa de santo Adrião, Junta da União das Freguesias da Pontinha e Famões e Sociedade Musical Odivelense.

A maratona teatral começou em Caneças. O Grupo de Teatro “Os Estarolas” subiu ao palco numa sala muito bem composta. Duas “velhas” costureiras, especializadas em “corte e costura” foram construindo uma teia de má-lingua com gargalhas QB num texto imaginativo que transformava as clientes em manequins.

Entre os espectadores o Vereador da Cultura da CMO, Edgar Valles e o Presidente da SMDC, e Vogal da Junta da União das Freguesias da Ramada e Caneças, Rui Simões.

O “segundo ato”  aconteceu na Casa da Cultura da Póvoa de Santo Adrião, no sábado á noite. Lotação esgotada. Os “artistas de serviço” eram do Grupo Teatro da Memória da Associação Esquerda Alta. No Dia Internacional da Mulher foram as mulheres que elevaram a voz para gritar a revolta dos maus tratos e da violência doméstica, a discriminação e a secundarizarão do seu papel na sociedade. Textos fortes, escritos pelas próprias atrizes, numa encenação com o toque inconfundível de Armando Miranda. Um texto que não se devia esgotar numa representação e que deveria percorrer outros palcos.

Entre os espectadores estiveram o Diretor do Departamento de Desporto, Juventude, Cultura e Turismo, Luís Gomes da Costa, em representação do Vereador da Cultura Edgar Valles; o Presidente da Junta da União das Freguesias da Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, Rogério Breia e o seu Vogal Afonso Simão.

Na manhã muito chuvosa de domingo o Grupo de Teatro Anzol Castiço subiu ao palco do Salão Nobre da Junta da União das Freguesias da Pontinha e Famões para contar “Histórias dos Nossos Avós”  divertidas adaptações dos tradicionais contos infantis “O macaco do Rabo Cortado”, “O Príncipe com Orelhas de Burro” e “Quem quer casar com a Carochinha”. Uma encenação de João Simões.

Entre os espetadores  esteve o Diretor do Departamento de Desporto, Juventude, Cultura e Turismo, Luís Gomes da Costa, em representação do Vereador da Cultura Edgar Valles.

No próximo fim de semana a festa do teatro continua em mais duas peças que subirão aos palcos da Escola Secundária da Ramada e Mosteiro de Odivelas.

Dia 15 – 21h30 | A Farsa de Inês Pereira (M/12) Duração: 45 min. Auditório da Escola Secundária da Ramada

TEO – Teatro Experimental de Odivelas da We4

Inês Pereira é uma jovem, bonita e solteira, que, para se livrar do tédio, sonha casar-se com um homem nobre, rico, bem parecido e mundano.

Fútil, ambiciosa, preguiçosa e interesseira, casa-se duas vezes apenas para se livrar das tarefas da vida doméstica e da alçada maternal.

Mas as coisas não correm como ela sonhava e, não conseguindo a liberdade pretendida com o primeiro casamento, consegue-a no segundo, com um marido ingénuo.

Segundo a tradição, a peça foi escrita em resposta a um desafio lançado por alguns homens sábios de Lisboa, que colocaram em dúvida a autoria das obras de Gil Vicente, sugerindo tratar-se de plágio. A fim de provar a sua inocência, o dramaturgo pediu que lhe dessem um tema qualquer para que produzisse uma peça e foi-lhe proposto, então, que criasse um enredo a partir do mote «Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube» ditado popular muito comum na época.

Esta peça foi representada pela primeira vez em 1523, no mosteiro de Tomar, perante o rei D. João III, e é considerada a obra mais complexa que Gil Vicente compôs.

Elenco: Leonor Brás, Inês Pedroso, Mónica Rebelo, Ana Paula Gonçalves, Ana Teresa Tomé, Olga Serra, Gonçalo Ramalho, André Carvalho, Catarina Manso, Margarida Neves e Beto Fonseca.

Dia 16 – 16h00 | Rosas para D. Dinis (M/6) Duração: 40 min

Refeitório das Alunas do Mosteiro de Odivelas

Cem Fios – Teatro de Marionetas

Peça de teatro apresentada no âmbito do Sétimo Centenário da Morte do Rei D. Dinis 1323-2023.

Rosas para D. Dinis” é um relato histórico-teatral, feito com marionetas e atores, do reinado de D. Dinis e sua consorte, D. Isabel. Abrange a época que vai da sua coroação como 6º Rei de Portugal, passando por alguns dos seus vastos feitos governativos: o ordenamento do território, o casamento com D. Isabel de Aragão, a criação da Universidade, a plantação do Pinhal de Leiria, as lutas com o seu irmão, entre outros. Relata-nos também situações da sua vida privada: o relacionamento com D. Isabel, o seu gosto pela poesia, a construção dos conventos, os filhos legítimos e ilegítimos… Descreve o espírito de bondade da Rainha e a sua entrega religiosa, passando pelo Milagre das Rosas e a Lenda do Urso, que deu origem ao Convento de Odivelas, onde repousa o Rei D. Dinis, por sua própria vontade.

Elenco: Joaquim Guerreiro e Diana Neves (co-criadores, atores e marionetistas)

 

 

 

 

  • Diário de Odivelas - Redação

    Related Posts

    Junta da União da Freguesias da Pontinha e Famões repudia decisão de Governo de extinguir o CFPSA da Pontinha

    Em comunicado a Junta da União das Freguesias da Pontinha e Famões repudia a alegada intenção do Governo de extinguir, por fusão, o Centro de Formação do Sector Alimentar da…

    Viver em Odivelas vs. Lisboa – Ainda compensa mudar para os arredores?

    Comparação entre viver em Odivelas ou Lisboa: preços das casas, qualidade de vida, transportes e custos invisíveis. Saiba qual a melhor opção para si. Nos últimos anos, o mercado imobiliário…

    Deixe um comentário

    O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

    Publicidade

    Haiku 10

    Diário de Bordo | Crónica 7

    Diário de Bordo | Crónica 7

    Atuação de Paulo Sanches na Apresentação do livro “O Melhor de Mim”

    Atuação de Paulo Sanches na Apresentação do livro “O Melhor de Mim”

    Junta da União da Freguesias da Pontinha e Famões repudia decisão de Governo de extinguir o CFPSA da Pontinha

    Junta da União da Freguesias da Pontinha e Famões repudia decisão de Governo de extinguir o CFPSA da Pontinha

    Viver em Odivelas vs. Lisboa – Ainda compensa mudar para os arredores?

    Viver em Odivelas vs. Lisboa – Ainda compensa mudar para os arredores?

    Apresentação do livro de Joaquim Sustelo – Intervenções

    Apresentação do livro de Joaquim Sustelo – Intervenções