Mais uma vez vi todas as semanas um programa que admiro e respeito. De enorme qualidade. A produção, a montagem final de cada edição, a escolha dos mentores e sua devoção total, a cumplicidade destes com os seus pupilos, a forma como “torcem” por eles, as vozes muito boas dos vários concorrentes que nos vai revelando. A presença magnífica de Catarina Furtado, para mim, a nossa melhor locutora de apresentação, bonita sempre e bem vestida, uma enorme cumplicidade e carinho com quem concorre e com os mentores, dando ternura sempre que é preciso.
Numa RTP com tão poucos programas musicais este é, de facto, um programa de ouro. Desde o início que soube que, se houvesse justiça, os dois finalistas, seriam os concorrentes Ricardo, mentor Nininho Vaz Maia, e Rafael, mentor Fernando Daniel, e assim foi. Creio que ambos têm hipóteses, até pelo apoio e entusiasmo dos respetivos mentores, de vir a fazer carreira no universo da música portuguesa. Porque pelos timbres das suas vozes e maneira de interpretar, sentir/traduzir o que cantam são únicos. A escolha seria sempre difícil. O público decidiu bem ao juntá-los na final. Parabéns a Rafael, um justo vencedor, e também um enorme abraço de parabéns a Ricardo. A sua presença, na final deste “The Voice“, foi duplamente importante.
Chegaram, de facto, à final, ótimas vozes. E uma delas foi, sem dúvida, Rita Nunes. E menciono-a aqui, porque, logo depois de conhecida a votação final, houve um seu fã, que colocou, nas redes sociais, que ela merecia vencer, mas que não valia sequer a pena votar pois que, desde o início, já se sabia que era “o cantor de rua” que iria ganhar. Assim mesmo “o cantor de rua“. Quantos cantores de rua tenho eu escutado com muito boas vozes e admiro a sua coragem e o seu amor pela música. E dão arte e alegria a quem passa que para a escutá-los.
Pois é, meus amigos, quando a realidade não nos agrada, desprestigia-se o vencedor e inventam-se teorias da conspiração.
Donald Trump e, entre nós, André Ventura, estão a cativar seguidores.
Ninguém é dono de uma verdade absoluta. E aqui também a democracia ganhou. E, se ganhou um dos melhores fiquei satisfeito.
Um grande abraço de parabéns a toda a Equipa do “The Voice“, incluindo a excelente nova locutora de bastidores, Maria Petronilho, a ótima banda, cenógrafos, figurinistas, maquilhadores, bailarinos e coros, instrumentistas suplementares, técnicos. Extensivos ao público que soube escolher acertadamente os dois finalistas.
E ainda a Fernando Daniel que, muito generosamente, se ofereceu para levar o vencedor consigo, como cantor convidado, numa sua próxima digressão internacional.
Até à próxima Edição. Bom Ano 2025.
Vencedores:
1º – Rafael Ribeiro, da equipa de Fernando Daniel
2º -Ricardo Maia, da equipa de Nininho Vaz Maia
3.º lugar: Rita Nunes, da equipa de Nininho Vaz Maia
4.º lugar: Maria João Duque, da equipa de Sara Correia
5.º lugar: Bruno Pereira, da equipa de Sónia Tavares