Saúde para Tod@s | Maio, mês da sensibilização para a prevenção do Melanoma

Está a chegar o Verão e com ele o sol que convida mais à exposição e à prática de atividades ao ar livre. Mas há que saber aproveitá-lo com os devidos cuidados. A exposição à radiação ultravioleta (UV) leva ao envelhecimento prematuro da pele, perda da elasticidade, rugas, sinais e manchas. No entanto, mais do que um problema estético, constitui uma verdadeira ameaça à saúde pública, associando-se ao risco aumentado de cancro de pele.

O que é o melanoma?

O melanoma é um tipo de cancro de pele particularmente agressivo que se desenvolve a partir de células conhecidas como melanócitos. Estas células encontram-se na camada mais superficial da nossa pele e são responsáveis por produzir melanina, pigmento que dá cor à pele.

Apesar de menos comum que outros tipos de cancro, o melanoma é responsável pela maioria das mortes associada ao cancro de pele. Sabe-se que a sua incidência tem aumentado de forma rápida e consistente ao longo das últimas 4 décadas, sobretudo em populações de pele clara e origem caucasiana.

Quais são as principais causas?

É importante referir que as células da nossa pele têm uma espécie de memória. Isto quer dizer que as queimaduras solares, vulgarmente designadas por “escaldões”, que ocorrem na juventude ou idade adulta, constituem um fator de risco no desenvolvimento de melanoma em idades mais avançadas.

Assim, há que evitar a exposição solar excessiva, especialmente nas pessoas com fotótipos claro e com antecedentes pessoais ou familiares de cancro de pele.

A que sintomas deve estar mais atento?

Um bom hábito passa pelo autoexame cuidadoso e regular da pele, com especial atenção para alterações suspeitas dos sinais existentes e para o aparecimento de novos sinais. Embora a pele exposta ao sol esteja em maior risco, também podem desenvolver-se alterações em áreas que geralmente estão mais protegidas (solas dos pés, entre os dedos das mãos e dos pés, costas, couro cabeludo e cavidade oral).

Deve colocar-se em frente a um espelho, e com ajuda de um espelho mais pequeno, observar todo o corpo à procura de sinais com aspeto diferente dos restantes (conhecidos como o sinal “patinho feio”), assimétricos, com bordos irregulares, ásperos ou com várias cores, que sofreram alterações de tamanho ou de aspeto, que sangram, que dão muita comichão ou que parecem feridas que não cicatrizam. Caso identifique lesões suspeitas, fale imediatamente com o seu Médico de Família ou Dermatologista.

O melanoma tem cura?

O tratamento é essencialmente cirúrgico. Quando detetados precocemente, 90% dos casos são curáveis. Assim, a prevenção e o autoexame continuam a ser as principais armas no seu combate.

Como prevenir?

  • Evite a exposição solar direta nas horas de maior calor e radiação UV (entre as 11 e as 17 horas);
  • Use vestuário para cobrir a pele e outros acessórios de proteção (chapéu de abas largas e óculos de sol com filtro de proteção UV);
  • Não frequente solários;
  • Use protetor solar com fator de proteção solar (FPS) idealmente de 50 ou mais, que proteja contra raios UVA e UVB e que seja resistente à água. Este deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição

    solar e renovado a cada 2 horas.

Proteja-se do sol, proteja a sua vida!

Autora: Dr.ª Carla Torres Marques

Médica interna do 3º ano de Formação específica em Medicina Geral e Familiar, USF Travessa da Saúde – ACES Loures-Odivelas

Revisora: Dr.ª Inês Miranda Paulo

Médica interna do 4º ano de Formação específica em Medicina Geral e Familiar, USF Travessa da Saúde – ACES Loures-Odivelas

 

Referências:

  • Division of Cancer Prevention and Control. Skin Cancer: preventing America’s Most Common Cancer. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention (CDC); 2003.
  • World Health Organization. Intersun: The Global UV Project: WHO; 2002.
  • National Cancer Institute. Prevention of Skin Cancer: National Cancer Institute; 2003

Imagem: Pixabay

 

  • Diário de Odivelas - Redação

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